De acordo com André Luiz, no livro Evolução em dois mundos, cap. 10, todas as coisas do universo, inclusive todos os seres vivos, estão mergulhados
em uma espécie de energia que ele chama de plasma divino, como se fosse o mar no
qual todos os peixes vivem mergulhados.
Esse plasma divino é a
matéria prima que os espíritos superiores utilizam para as macro construções
universais, como por exemplo planetas, em consonância com os desígnios de Deus.
Por isso são chamados de cocriadores.
Essas criações erguem-se à
base de certos corpúsculos irradiados pela mente de quem cria, entretanto nem mesmo
André Luiz soube defini-los.
Não é nossa pretensão
discutir as informações relativas aos processos aludidos pelo autor espiritual,
quanto à formação dos planetas a
partir de agrupamento de átomos espiritualmente dirigidos, sua implosão e
posterior explosão, até porque mesmo os físicos, cujos conhecimentos atuais
estão em estágio bastante avançado, divergem sobre a questão.
Nós podemos entender que não
há uma ciência espiritual e uma ciência humana, mas uma ciência única, mesmo
porque tudo que diz respeito ao espiritual é pré-existente.
O que chama a atenção nesse capítulo é o fato de o autor dizer
que nós, inteligências humanas, com a energia que nos é própria, assimilamos
tais corpúsculos para formar nosso períspirito, e para formar usando o mesmo
princípio de comando mental locais inferiores aonde se aglutinam temporariamente
os que têm mentes desequilibradas ou criminosas. Por exemplo, o chamado umbral.
Aliás, a palavra umbral
surgiu na obra Nosso Lar, ditada por André Luiz a Francisco Cândido Xavier,
para designar estado ou lugar transitório por onde passam as pessoas que não
souberam aproveitar a vida na Terra.
Já que tudo gira em torno de
uma energia, que é essencialmente divina, e que pode ser manipulada ao influxo
de nossa mente para a criação de locais, porque não trabalharmos na criação deles,
nos quais estagiem mentes imbuídas de propósitos superiores? É uma questão de
escolha.
O oráculo de Delphos afirmou
a necessidade do autoconhecimento, corroborado por Jesus ao afirmar que o reino
de Deus está dentro de nós. Uma referência ao fato de que as leis divinas que devem
reger as nossas vidas estão dentro de nós, e consequentemente a habilidade de
acessá-la, manipulá-la, usá-la para nosso benefício.
Mesmo assim ainda “vive-se para fora”,
suprimindo, mesmo que momentaneamente, a capacidade criadora inata.
Além de se viver para fora,
vive-se desprovido de projeto. Objetivos a curto, médio e longo prazo, com
metodologias bem definidas são imprescindíveis.
A existência de um projeto
de vida, por si só, estimula a mente trabalhar a energia cósmica universal,
essa essência divina, plasma divino a partir do que serão gerados os
corpúsculos mentais, que tornarão concretas as ideações.
Candidatar-se à inutilidade,
desde os aspectos mentais, é desperdício de energia e certeza de fracasso,
tanto nas conquistas materiais que se almeja quanto na própria evolução moral, objetivo
principal da existência.
O próprio autor, no livro No
Mundo Maior faz referência ao subconsciente como uma espécie de banco de dados,
onde estão registradas todas as nossas experiências, das menores às mais
importantes.
Tais experiências vividas,
com toda a sua carga emocional, interfere frequentemente no consciente,
tornando-se originária de uma infinidade de problemas quando desequilibradas.
Tal banco de dados é
resultante das construções equivocadas, que necessitam ser reparadas,
reformadas intimamente através da diluição de seu conteúdo.
Valdomiro Oliveira Filho
Rondonópolis MT, 05 de agosto
de 2017
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